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Harmonizando carnes com vinhos

agosto 15, 2016

Harmonizando carnes com vinhos

Harmonizando carnes com vinhos

Está na hora de mais uma postagem cheia de frescura, quer dizer, de gourmetização. Estamos passando por uma fase onde tudo tem nome chique. Nós não tomamos mais cerveja, nós palatamos o sabor. Não existe mais carne gostosa, agora é umami. E os vinhos foram um dos primeiros a afrescalhar, quer dizer, gourmetizar.

Então, se tem que ser assim, tudo bem, vamos trazer hoje algumas dicas para harmonizar (que chique) carnes e vinhos. Mas não por ser gourmet e sim para comer melhor. Vinhos são excelentes pedidas em jantares de qualquer maneira, mas quando bem associado à carne que iremos provar, tornam-se uma experiência muito mais prazerosa. Só um detalhe: este pequeno guia não se destina a vinhos baixa renda, ok? Vamos considerar que qualquer tipo que você experimente custou pelo menos um mico leão, porque senão também não adiantaria nada querer harmonizar uma picanha que custa 40 reais o quilo com um vinho xexelento. Vamos às dicas:

Em primeiro lugar, vinhos em geral combinam muito bem com carnes, em especial os tintos, que geralmente são mais encorpados e tem uma estrutura que casa maravilhosamente com a gordura natural da carne. Na boca acontece uma relação pecaminosa, que você não quer perder. Não mesmo. Então vamos ver um pouco mais especificamente quais os tipos de vinho que combinam melhor com algumas carnes.

Picanha, Alcatra, Maminha, Fraldinha, Coxão Duro ou Mole combinam com:

Merlot, Malbec ou Cabernet Sauvignon.

Sim, essas carnes têm um tanto mais de gordura, de sabor mais forte e geralmente são preparadas mal passadas, justamente para ressaltar esse sabor e suculência. Agora imagine tomar um Malbec enquanto aprecia uma picanha cheia de suco, deliciosa. Lindo, não? Então, esses vinhos e carnes combinam muito bem porque as uvas que os fizeram possuem mais tanino (sabe aquele gostinho de “amarrado” na boca que eles deixam? Tanino) e são mais encorpados, então, no paladar, é uma junção perfeita. Espumantes também combinam equilibrando o sabor da carne, se você for desses que toma espumante, claro.

Filé Mignon combina com: Pinot Noir, Rosé, Chardonnay.

Carne fresquinha precisa de vinho fresquinho. O tanino nessas uvas é mais elegante, não tão encorpado, com mais sabor do que força. Por isso harmonizam tão bem com essa carne extremamente saborosa, suculenta e de pouca gordura. Quer dizer, contanto que não asse demais e vire um bife de coxão duro. Mas fora isso, vinhos da região de Borgonha, na França, são também ótima pedida.

Costela combina com: Cabernet Sauvignon, Sirah, Tannat, Alicante Bouschet, Aragonez.

O Cabernet, assim como Merlot, Malbec, o Sirah e o Tannat estão aqui pelo mesmo motivo da Picanha ou Alcatra. A costela é uma das carnes com mais gordura, o que pede vinhos com tanino que equilibre esses sabores. Já o Aragonez e o Alicante, vinhos portugueses do Alentejo, possuem tanino mais ácido, comum da região, que também fazem um par perfeito com essa carne.

Contrafilé combina com: Sirah ou Rosé.

Pouca opção? Claro que não! O Sirah é um vinho potente e aromático, mais ácido e terroso, mas que tem taninos mais suaves, perfeitos para harmonizar com essa carne também muito saborosa. Note que os melhores vinhos não são com base no tipo, mas da região de onde tradicionalmente vêm, então procure pelos melhores, produzidos nos lugares mais tradicionais, que não vai errar. O Rosé é suave também, então beleza. Mas que parece suco de uva, parece.

Cupim combina com: Cabernet Franc, Carménêre, Rosé.

O cupim não possui capa de gordura, mas ele tem muita gordura entremeada com a carne e, bem feito, fica excelente. Mas sua carne em sí não tem muito sabor, pois a gordura toma conta. Por isso, esses vinhos mais frutados, mas fortes, são ideais. E o suco de uva também.

Patinho e Lagarto combinam com: Nebbiolo, Trebiano, Malvásia, Sangiovese.

O que importa é que na boca a carne acompanhe o vinho e vice-versa. Que os taninos presentes nesses vinhos, junto à potência e intensidade, façam uma complementação perfeita. Outras opções são os clássicos italianos Barolo ou Chianti. Mas acho que deu para entender qual é a regrinha básica, não? Combine vinhos fortes, com tanino mais presente, àquelas carnes que possuem mais sabor e gordura, e carnes mais leves aos vinhos mais frutados, mais elegantes.

Agora é só bancar o sabe-tudo na próxima vez que você for a adega comprar o seu vinho. Aah!! Confira churrasqueiras que vão te ajudar nesse processo do site da Central das Lareiras.